De todas às pessoas do mundo, é em você que eu quero morar, mas
não posso, não dá. De todas às pessoas do mundo, foste tu que me reinventou, virou-me do avesso
até que eu descobri que era o meu lado certo.
Você se moldou para ser exatamente
do tamanho do que eu sinto.
Mas querido se Bukowski me visse, certamente ficaria
bêbado e faria poesia, pois o que eu sinto já me confundiu tanto que deu nó,
ando feito cão sem dono, implorando comida, implorando amor, mas como Bukowski
mesmo dizia: o amor é um cão dos diabos, dele conheço os sintomas, dele conheço
as dores, e nele eu me desconheço e de tanto me desconhecer me perco, e mesmo me perdendo me encontro novamente em você.
Texto autoral!